Gravidez e Ômega 3

Mulheres que tomam suplementos de ômega-3 durante a gravidez e aleitamento satisfazem a ingestão recomendada
A ingestão inadequada de ácidos graxos de cadeia longa ômega-3 durante a gravidez e lactação está associada com resultados insatisfatórios de desenvolvimento neurológico do bebê, incluindo desenvolvimento da linguagem, resolução de problemas e aumento da hiperatividade nas crianças.
A Associação Americana do Coração recomenda a ingestão de ômega-3 (EPA e DHA) na dose de 3000mg por dia. Já muitos clínicos a recomendam na dose de 1000 a 2000mg, dependendo dos hábitos alimentares da pessoa e benefícios almejados desde que o ômega-3, além de benéfico para as gestantes e lactantes, é essencial para muitos aspectos orgânicos, incluindo a estrutura e função do cérebro, e equilíbrio do humor (depressão).
No entanto, devido a preocupações com a contaminação dos frutos do mar com metais pesados e PCB (ambos neurotóxicos), a suplementação via alimentos ficou extremamente prejudicada. As maiores fontes de ômega-3 são os peixes de carne escura como a sardinha, arenque, salmão e atum, principalmente na pele.
Consequentemente, especialistas vinham se questionando se as mulheres estariam recebendo suficiente ômega-3 durante a gravidez e lactação, não estando claro quão sério era o problema.
Um estudo canadense, recentemente publicado em Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism, e conduzido por Cathrine Field, da Universidade de Alberta, comparou a ingestão dietética de 600 mulheres grávidas e lactantes (grupo participante do estudo APrON) e descobriu que apenas 27% das mulheres grávidas e apenas 25% das lactantes atendiam à dose de 200mg de DHA/dia.
A idade média das mulheres no estudo foi de 31,6 e elas eram na maioria europeias, casadas, com boa renda familiar e possuíam formação universitária. Aproximadamente 1/3 delas tomava um suplemento de ômega-3, sendo estas as que se aproximaram mais da ingestão ideal.
Os resultados foram dramáticos e preocupantes. Em suma:
Quase três quartos das mulheres no estudo não estavam recebendo suficiente ômega-3 (DHA) durante a gravidez e lactação.
Quase 90% das mulheres que confiavam na dieta por si só não estavam recebendo suficiente DHA.
Segundo a conclusão do estudo, com o uso da suplementação de ômega-3 ocorreu melhora significante da ingestão do DHA necessário para a saúde do bebê e da mãe.